quinta-feira, 1 de julho de 2010

Adaptação

Quando saímos do país de origem para viver um amor, nos preparamos para uma mudança que pode ser mais ou menos radical, mais ou menos dolorosa, mais ou menos difícil. Os papéis e a burocracia são as primeiras descobertas e normalmente elas não são muito agradáveis. Em seguida, vem a cultura local, as diferenças dos hábitos culinários e a saudade da família.
Algumas mudanças:

  • trocar de médico, de dentista e de ginecologista pode virar uma dor de cabeça,

  • se acostumar com as estações e arrumar o guarda-roupa de acordo com cada uma exige muita prática e experiência, eu pessoalmente nunca me acostumei,

  • aprender a usar o aquecedor e lembrar de fechar as portas quando eles estão ligados,

  • lembrar que vai ser necessário raspar o gelo dos vidros do carro em dias de muito frio,

  • inverno, sair sempre com chapéu, écharpe, casaco, luvas e um guarda-chuva e lembrar de trazer tudo de volta para casa, eu sou esquecida de mas, então imagina o que sofria hehehe,

  • convencer o cérebro de que manicure é luxo e não uma necessidade absoluta e que podemos viver sem ela. IMPORTANTE: Manicure em Portugal só se for brasileira,

  • memorizar um telefone “gigante” para não precisar usar a agenda cada vez que liga para os pais, eu sempre tinha que recorrer sempre a agenda,

  • enquanto os vinhos são baratos, excepcionais e variados as opções de carne bovina são poucas e caras,

  • tentar fazer feijoada, vatapá ou outro prato tipicamente brasileiro sem os ingredientes adequados, mas já se encontra algumas lojas de produtos brasileiros , só vai ser difícil se morares em uma aldeia,

  • não existir Carnaval, micareta, festa junina, procissões, bailes de ano novo, ate tem algumas coisas mas esta longe de ser como o nosso aqui no Brasil

  • esperar passar a vontade de comer pastel, coxinha, churrasquinho e outras bobagens que trazemos no sangue (a não ser que se tenha vocação para a cozinha o que não é o meu caso…),

  • ser formal e usar toda a gentileza possível com os desconhecidos com quem você se relaciona, chamar alguém de “você” é reservado para os amigos e familiares,

  • achar esquisito os palavrões que sai com uma simplicidade da boca dos portugueses,

  • achar esquisito ser chamada de rapariga e agir com a maior naturalidade, eu nunca consegui,

  • arrumar a cama em pleno o inverno com tantas lençóis e mantas
Mas eu acho que tudo é, mas fácil quando estamos vivendo um amor de verdade, e qualquer dificuldade é superável!

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