sexta-feira, 14 de maio de 2010

Gravidez: Tipos de parto

Estar bem informada, ao longo da gravidez, sobre todas as possibilidades de parto é a melhor maneira de entender o processo e participar das decisões a ser tomadas.
Não há um tipo de parto melhor para todas as mulheres. Existem, sim, muitas variáveis para a escolha do tipo de parto. Para tanto, alguns motivos devem ser refletidos, tais como: preparo psicológico e expectativas da mulher, do companheiro, da família, saúde materna e fetal e ambiente social.
Para que essa decisão seja acertada, a mulher deve fazer um bom pré-natal, pois será nesse período em que ela tirará todas as suas dúvidas sobre a gestação e o parto, conhecendo assim melhor o seu corpo e o desenvolvimento do seu bebê.

Agora vamos oferecer algumas informações sobre os diferentes tipos de parto.

Parto Normal

O Parto Normal ou Vaginal é o tipo de parto que o corpo da mamãe está mais preparado, e para o feto uma maneira mais sutil de ser retirado do lugar seguro, confortável e quentinho que está.
O parto normal ainda tem a vantagem de respeitar o período gestacional e a evolução do bebê, sem contar que as últimas semanas são importantes para o crescimento e desenvolvimento do bebê, por isso fazer o parto antecipadamente, sem que haja uma real necessidade prejudica o desenvolvimento do bebê.
Para mulheres que tiveram uma gestação tranquila e sem problemas o ideal é que façam o parto normal. A recuperação é mais rápida, a mulher não sofre pós parto e hoje com anestesia não sentimos a tão temida e mistificada dor do parto.
O médico auxilia nesta hora e assim que a gestante chega ao hospital há uma atenção e acompanhamento que levam à tranquilidade e conforto. Há contrações, dilatação, dores e a medida que essas dores forem aumentando é aplicada a anestesia, que o médico avalia e toma as medidas necessárias para ajudar a mamãe passar por esse momento com mais confiança.
Por isso é fundamental que a mamãe opte pelo melhor parto, com ajuda do seu médico, levando em consideração o que é melhor para ela e o bebê.

Cesária

O parto cesariano ou cesária é uma opção que em alguns casos tem sido optado pelo obstetra por questão de pressa e comodidade e da mamãe por questão de ansiedade e medo, mas é preciso tomar muito cuidado ao optar pela cesária.
A cesariana é indicada em casos em que a vida da mamãe ou do bebê estão em risco, hoje em dia é uma maneira de salvar vidas de mamães e bebês.
Os casos para optar pelo parto cesariano são:
- Desproporção entre a cabeça do bebê e a bacia materna: neste caso, o bebê não terá passagem para sair pela via vaginal. Estão incluídos aí também os casos em que a mulher tem uma bacia anômala, embora larga, tornando muito difícil o trabalho de expulsão.
- Problemas uterinos: O mais comum é o mioma. Se ele estiver na frente do bebê, há um bloqueio total à sua passagem.
- Problemas clínicos da mãe: Um exemplo clássico é o da mulher cardíaca sem condições de enfrentar o esforço do trabalho de parto, a não ser correndo sérios riscos. - Posições da placenta - Muito baixa, a placenta pode impedir a saída do bebê.
- Envelhecimento da placenta: Quando a placenta amadurece antes do tempo, fica sem condições de funcionar adequadamente na hora do parto, deixando de levar para o bebê todos os nutrientes de que ele necessita para sua sobrevivência.
- Sofrimento fetal: Esse problema é conseqüência do anterior. Se a placenta não está funcionando bem, o bebê passa a receber menos oxigénio e menos nutrientes do organismo materno. Ele fica fraco, não se desenvolve bem e entra em sofrimento. É preferível trazê-Io para o mundo externo onde terá melhores condições de vida.
- Posição inadequada do bebê: Se o feto está sentado ou transverso, não vale a pena arriscar um parto pela via vaginal. Mãe e filho podem sofrer sérias lesões na hora da expulsão.
- Cesarianas anteriores: Se a mulher já se submeteu a duas cesarianas anteriormente, evita-se deixá-la entrar em trabalho de parto, pois há o risco do rompimento do útero.

Como podemos ver a cesariana é uma opção em determinados casos. Por isso precisamos ter muita atenção, saber discernir o que é praticidade e comodismo do que é realmente válido para optar pela cesária.
Há casos que está tudo marcado para o parto ser normal, mas na hora há a necessidade de ser feita o parto de cesária. Nesse caso o médico avalia a necessidade.
O parto de cesária é uma cirurgia e como toda cirurgia é uma agressão ao organismo. Por mais que hoje em dia os avanços medicinais estão a favor de uma ótima cirurgia sempre há um trauma no organismo, diferente do parto normal. O abdômen foi cortado, a musculatura foi afastada de seu lugar e a cavidade abdominal invadida. Tudo isso provoca acúmulo de gases, dores, menor movimentação intestinal e uma recuperação pós-parto mais lenta.
Enfim, existem prós e contras para ser feito a cesariana, e tem que ser escolhido por razões que se enquadram na necessidade real do caso. É preciso confiar e saber que o obstetra escolhido tem experiência e sabe muito bem avaliar a necessidade da cesariana.

Parto na Água

Já pensou em passar pelo trabalho de parto em uma confortável banheira de água quente? Pois é. Esse tipo de parto é pouco praticado no Brasil, mas tem seu lado bom, como o conforto e o relaxamento propiciados à mãe.
O parto na água se caracteriza quando a mãe dá a luz com os genitais totalmente cobertos de água. A mãe fica sentada em uma banheira e o pai também pode entrar na banheira e apoiar a mulher, como no parto de cócoras.
A água cobre toda a barriga e deve estar na temperatura do corpo, a 37º C. A água morna deixa a gestante relaxada e alivia as dores das contrações, pois provoca um aumento da irrigação sanguínea da mãe, uma diminuição da pressão arterial, além do relaxamento muscular.
Em relação ao natural, este parto é mais rápido e menos dolorido para a mãe, além de mais tranquilo para o bebê. Ele sai de um meio líquido e quente para outro meio líquido e quente. O Parto na água é considerada pelos obstetras como a forma mais natural de trazer um bebê ao mundo. O parto na água é feito em uma banheira com água aquecida.
No parto na água, o bebê já sai nadando e sobe sozinho até a superfície. O cordão umbilical só é cortado quando pára de fornecer oxigénio à criança.
Esse tipo de parto não é recomendado em trabalho de parto prematuro, presença de mecônio, sofrimento fetal, mulheres com sangramento excessivo, diabetes, HIV positivo, Hepatite-B, Herpes Genital ativo, bebês com mais de 4000g ou que precisem de monitoramento contínuo.

A escolha deve ser sua!
O Brasil é o numero 1 em partos Cesareia desnecessários... concientização e informação é extremamente importante nesta hora.

Fonte:
Núcleo Nove Luas (www.nucleonoveluas.com.br)









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